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Custos fixos e custos variáveis: você sabe calculá-los?

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Para aprimorar a gestão de sua empresa, um dos pontos básicos que precisam de sua atenção é o reconhecimento do seu custo fixo e custo variável.

Todo empreendedor que se preze deve estar atento a incontáveis aspectos como finanças, contabilidade, recursos humanos e estoques, dentre outros.

Manter tudo organizado e funcionando perfeitamente, com os processos bem definidos, é uma missão árdua e os obstáculos no caminho são muitos: desordem na equipe, crise econômica e custos tributários elevados.

Apesar disso, um cenário saudável no seu negócio não é impossível.

Qual a diferença entre custo e despesa?

Antes de começar, é muito importante delimitarmos dois conceitos contábeis fundamentais: o custo e a despesa. No trato popular, são utilizados como termos intercambiáveis. No âmbito empresarial, porém, possuem significados distintos.

O custo é a mensuração econômica dos recursos empregados na oferta da atividade-fim de sua empresa (códigos de CNAE no seu CNPJ). Ou seja, é o que você gasta estritamente numa linha de produção, na compra de uma mercadoria ou na prestação de um serviço.

A despesa, de um modo geral, compreende os gastos de atividade-meio, como segurança, limpeza, manutenção e contabilidade.

Além dos gastos necessários para efetuar a venda de sua atividade-fim, como publicidade, comissão para vendedores e frete para os clientes.

Podem existir casos bem específicos no tratamento contábil de valores que eram custos em um dado momento e passam a ser despesas em decorrência de algum evento. Para simplificar o seu raciocínio nesse momento inicial, entenda apenas essa associação entre custos com atividade-fim e despesas com atividade-meio.

Qual a diferença entre custo fixo e custo variável?

Sabendo agora a diferença entre custo e despesa, é necessário entender mais a respeito das classificações de custos. Quando visualizamos a sua produção no todo, é possível identificar dois tipos de custos: fixos e variáveis.

O que é custo fixo?

O custo fixo pode ser definido como aquele que não se altera em decorrência de uma mudança na quantidade de produção. Considerando uma indústria que produz calçados, por exemplo, não importa se foram fabricados 1000 ou 2000 pares de sapato em um determinado período, os custos fixos permanecerão os mesmos.

Exemplos de custo fixo: aluguel da fábrica, depreciação de máquinas e salário de empregados mensalistas.

No entanto, veja bem o conceito: eles não se alteram em decorrência do volume de produção, mas podem variar por conta de outros fatores.

O aluguel de uma loja de roupas, por exemplo, que, no momento, custa 3 mil reais, pode sofrer um reajuste por cláusulas contratuais com a imobiliária para 4 mil reais. Mesmo assim, a classificação continua definindo esse aluguel como um custo fixo, pois sua variação não ocorreu em decorrência de mais ou menos roupas compradas e vendidas.

Os custos fixos também são conhecidos como custos de estrutura, pois estão associados à capacidade de produção de uma empresa.

Por exemplo, digamos que as máquinas instaladas em uma determinada fábrica de biscoitos possibilitam a produção de 5 mil biscoitos por mês, certo? Se o dono da fábrica quiser aumentar sua capacidade para 7 mil biscoitos, ele precisa comprar mais maquinário e, consequentemente, incorrerá em mais custos de depreciação.

Haverá um novo valor de custo fixo, porém, novamente, não em decorrência do nível de produção, mas por romper o limite da capacidade atual da fábrica.

O que é custo variável?

O custo variável é a parcela da produção que está diretamente associada à sua quantidade. Ou seja, quanto mais é produzido, maior é o custo variável e, consequentemente, o custo total.

Exemplos de custo variável: matéria-prima (borracha numa indústria de pneus), material direto (embalagens numa fábrica de chocolate) ou parcela de salário em decorrência da hora de produção.

Podem existir períodos de estabilidade no valor de um custo variável. Uma pizzaria, por exemplo, pode ter comprado a mesma quantidade de farinha nos meses de janeiro e fevereiro.

Apesar dos valores serem iguais, a classificação como custo variável permanece, pois a característica de insumos de produção é alterar o custo total em virtude da quantidade empregada.

Como calcular o custo fixo e o custo variável?

O custo da sua produção é a soma do custo fixo e custo variável. Sabendo como classificá-los, o cálculo fica fácil de compreender.

Para os custos fixos, basta identificá-los e somá-los. Aluguel e IPTU da fábrica ou área de produção e salário de empregados mensalistas envolvidos na atividade-fim são alguns exemplos.

No caso dos custos variáveis, eles são identificáveis a partir da quantidade em que foram empregados na produção. Portanto, você precisa buscar esses parâmetros para calcular seu valor total.

Por exemplo, numa fábrica de açúcar, é necessário identificar quantos quilos de cana-de-açúcar foram empregados na produção e quanto a empresa pagou por cada quilo desse insumo.

Se existem empregados que recebem por horas trabalhadas, esse é mais um exemplo de custo variável a ser adicionado no cálculo, identificando o valor da hora e a quantidade trabalhada por cada membro da equipe.

Sabendo o total de custos fixos e variáveis, basta somá-los para ter o custo total da sua produção. Se quiser descobrir o custo unitário, divida o total pela quantidade produzida no período a ser analisado.

Esse método é conhecido como custeio por absorção, quando o produto ou serviço “absorve” todos os custos envolvidos no seu processo produtivo, e é o único admitido legalmente no Brasil. Porém, nada impede, que você tenha uma contabilidade a nível gerencial que adote outros métodos de custeio mais eficientes para suas estratégias.

O conhecimento de seus custos é imprescindível para manter a sua gestão organizada. Esse tipo de informação influencia diretamente no seu resultado e gera outros dados relevantes para a saúde da sua empresa, como margem de contribuição e ponto de equilíbrio.

Converse com seu contador  para um diagnóstico mais preciso sobre seu custo fixo e custo variável e veja os benefícios que isso pode gerar no seu empreendimento!

 

Fonte: Jornal Contabil. 

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